sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Gerações

Porque é tão fácil odiar a geração atual? Não só pelas atitudes, mas os pensamentos ou a falta deles é o que mais irrita. Não importa a idade, quem é mais instruído se sente menosprezado ao se ver agrupado em sua geração. Pode ser que a maioria não saiba da história do seu próprio país, mas os que sabem  são os maiores críticos da sua própria geração. Eu odiava a minha, não só pela falta de consciência mas também pelo excesso de irresponsabilidade. Hoje eu suporto, pois no ano de 2013 a passeata dos cem mil, ou o movimento passe livre, apesar de ter sido desorganizado e violento, esse movimento me mostrou que talvez ainda temos uma chance com essa geração. Na Folha de São Paulo, o seguinte trecho me deixou esperançosa: "Por que você tá aqui no protesto?", perguntou a repórter do "TV Folha" a uma garota na manifestação do dia 11: "Olha, eu não consigo imaginar uma razão para não estar aqui, na verdade", foi sua resposta. 

O  que todos pensam é que assim que deve ser, mas acredito que a solução para as diferenças sociais está no conhecimento. Quanto maior o conhecimento, mais consciente a pessoa é do seu papel social. Uma sociedade estável está intimamente ligado aos organismos funcionais e nos papeis sociais que estes desenvolvem. Afinal o Estado é uma máquina e todas as suas engrenagens devem estar firmemente encaixadas. 

Na nossa geração, enxerga-se tantos buracos que chega ser impossível algum setor funcionar. Solução real não há. O que pode ser feito é preparar a próxima geração para que no futuro, não haja mais buracos. É como Aristóteles coloca 'a finalidade do homem é a felicidade', quem sabe não a encontraremos.

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