terça-feira, 16 de setembro de 2008

Economia mundial? Não, americana.

Olá! Bem vindos á maior crise econômica da história, gerada, é claro, nos Estados Unidos. Vamos ver alguns pontos da crise:

O início:
A preocupação com a viabilidade das hipotecas de alto risco nos Estados Unidos – as chamadas subprimes – se espalhou pelo sistema financeiro, e os bancos centrais foram obrigados a investir bilhões de dólares para garantir que os bancos mantivessem a capacidade de emprestar.

Hoje:
Quebra do Banco americano - O Lehman Brothers é considerado um dos maiores operadores de empréstimos a juros fixos de Wall Street e havia investido fortemente em títulos ligados ao mercado do chamado subprime, o crédito imobiliário para pessoas consideradas com alto risco de inadimplência. Com a desconfiança a respeito da segurança desses investimentos, houve uma queda no valor das ações da empresa na semana passada, em meio ao fracasso de negociações para levantar bilhões de dólares para dar garantia de solidez a investidores.

Estados Unidos inserindo dinheiro no mercado - O dinheiro do banco central americano servirá para trocas temporárias de moedas entre os bancos com taxas de câmbios diferenciadas, para aliviar a pressão sobre o dólar.

Resgate da AIG - Ao fazerem grandes operações, os bancos contratam seguradoras, como a AIG, para socorrê-las no caso de seus negócios darem errado. Uma das razões por trás do contrato das seguradoras é garantir às instituições reguladoras que esses empréstimos representam o menor risco possível. Mas, com a grande quebra de Bancos e instituições, a AIG gerou um rombo de US$ 18,5 bilhões. Para que não ocorresse maiores prejuízos, o Estado emprestou muito mais dinheiro do que o necessário.

Vamos agora, relembrar as crises americanas:
A História:
A crise das pontocom, fim dos anos 90 - mercados foram iludidos pelo crescimento de empresas de internet, que apesar de apresentarem poucos lucros, tiveram suas ações em disparada. com a caída de uma grande empresa, o mercado teve uma redução de investimentos que ocorreu junto com o atentado de 11 de setembro, que levou ao fechamento temporário dos mercados.
Crise dos fundos, 1998 - Os economistas avaliavam que, a longo prazo, as diversas taxas de juros de títulos de governos de diferentes países iriam convergir, e o fundo de investimentos Long-Term Capital Management (LTCM) negociava na pequena diferença existente entre as taxas. Mas quando a Rússia não honrou o pagamento de seus títulos, os investidores fugiram de outros papéis governamentais, procurando refúgio nos seguros, e a diferença entre as taxas de juros dos títulos aumentou rapidamente.
A queda de 1987 - Os mercados americanos sofreram sua maior queda em um único dia. A disseminação da crença de que informações privilegiadas e a compra de empresas com dinheiro emprestado estavam dominando os mercados, enquanto a economia americana estava entrando em desaceleração, acabou provocando a crise e gerando grandes prejuízos. Também havia preocupação quanto à cotação do dólar, que vinha caindo nos mercados internacionais. Os temores aumentaram quando a Alemanha aumentou a taxa de juros, elevando o valor de sua moeda. A quebra pareceu ter pouco efeito direto sobre a economia e os mercados se recuperaram rapidamente.
Escândalo de poupança e empréstimos nos EUA, 1985 - Instituições de poupança e empréstimos eram bancos locais que emprestavam dinheiro com garantia de hipotecas e aceitavam depósitos de investidores. Elas foram autorizadas a realizar transações financeiras mais complexas, competindo com os grandes bancos comerciais. Em 1985, muitas dessas instituições estavam à beira da falência, e os consumidores começaram a retirar seu dinheiro. O governo americano garantiu muitos dos depósitos individuais nas instituições de poupança e empréstimos, e por conta disso teve grande responsabilidade financeira quando elas quebraram.
A quebra de 1929 - Depois de um imenso crescimento especulativo no fim dos anos 20, baseado parcialmente no surgimento de novas indústrias as ações caíra. Quando o mercado chegou ao fundo do poço, em 1932, as ações tinham perdido 90% de seu valor. O efeito na economia formal foi severo, já que a aquisição ampla de ações entre a população fez com que o prejuízo atingisse um grande setor da classe média, que perdeu a capacidade de consumo. Em 1932, a economia americana tinha diminuído pela metade e um terço da força de trabalho estava desempregada. O Banco Central americano aumentou a taxa de juros para proteger a cotação do dólar e preservar o valor do ouro, enquanto o governo elevou impostos o que gerou superávit orçamentário. As medidas do New Deal aliviaram alguns dos piores problemas da Depressão, mas a economia americana só foi se recuperar totalmente na Segunda Guerra Mundial, quando os gastos militares maciços eliminaram o desemprego e impulsionaram o crescimento.

Após esta breve história, relembramos que na maioria dessas crises, o Mundo foi atingido severamente. Mas, hoje, podemos dizer que aprendemos com o passado, já que em muitos paíse, inclusive no Brasil, a crise chega sem forças para abalar a população. Até.

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